segunda-feira, 15 de março de 2010

Indagações




Porque me sinto quente
Quando te sinto tão frio e displicente quando me olhas?
Será um equivoco se eu disser que,
Anseio-te e fulmino-te , simultaneamente,
Quando enxergo a tua pálida face?

Porque me vejo eufórica
Quando te olho pasmo e melancólico,
Expressando suas falhas aturdiantes?
Será um relapso render-se à doce e maquiavélica garota
Em que me transformo,
Quando te quero decadente?

Porque te quero porque quero
Sempre que me esnobas e
Faz-me acariciar-lhe o rosto
Só para sentir a ofengancia suave de sua pele?
Será porque me necessitas
Assim, como eu?

Porque tu suplicas
Quando me vê sorrindo e pede um beijo meu?
E porque sempre há par parafasias que te deixam confuso,
Quando queres me dizer algo relevante?

Queres-me, porque de firo
Ofereço-te meu ego, e te dou meu egocentrismo.
Posso eclipsar os astros que te escondem da minha vaga sisudez
Pobre de ti!

Neste acesso de palavras e de loucuras
Porque será que me prendo a ti
Se tu me inspira desventuras?

Nós somos uma efígie
Guiadas, dependentes, desejadas:
Odeio-te porque te amo
Veneras-me porque te arruíno.


                                                                      Jade d'Almeida
                                                                          09/03/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário