segunda-feira, 15 de março de 2010

Acalme a noite



 Noite calma
Onde receios, dores e preocupações se vão,
O intimo está seguro.

Noite calma,
Onde há almas subindo ou corpos descendo,
Tão obscuro!

Noite calma,
Onde alguém se delicia em um momento tranqüilo,
Sem pensar no futuro.

Noite calma?
Onde aqui é agradável
E lá fora o mundo desmorona...

Noite calma?
Mergulhando na mente despreocupada e insignificante
Quanta desventura!

Sim! Há alguém lá fora fulminando pessoas inocentes;
Há alguém lá fora implorando pela vida,
Desconsoladamente;
Há milhões se prostituindo, em corpo demente;
Há crianças órfãs perdidas, desprovidas;
Há idosos sem amparo, sem colo, já quase sem vida;
Há homens violentando esposas, e
Há filhos oscilando, sem rumo.

Neste exato momento,
Isso vai esmorecendo,
Porque ignorantes sabem, mas querem esquecer.
Neste exato momento
Minha mente trabalha,
Meu coração descansa...
Esses fatos vão rondando no meu organismo ordenadamente
E ninguém percebe.

Agora, as almas se desfazem da matéria
Por conta de algum mal, descanio,
Desamor!
E onde está este amor?

Noite calma
Onde os sonhos e desejos vão fluindo.
Noite calma,
Os portões dos céus, agora, vão se abrindo.

Acalme a noite, Pai!
Porque agora, tudo está emergindo,
Porque tudo isso é um vicio,
Porque isso tudo não passa de um ciclo!

                                                                   
  Jade d'Almeida
    03/06/2009

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